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Organia é nova música
Procura-se
novos estilos musicais...
A Organia está interessada em novos estilos. E a isca
pode estar nos timbres... Há muito tempo não aparecem
timbres novos que puxem estilos novos. Sentimos falta de
um movimento contrário à uniformização, para forjar e
registrar inovações em Jazz/Fusion, uma nova MPB, um
novo Rock'n Roll. Precisamos de um movimento de
engenharia musical.
Engenharia musical é mais que engenharia de som.
Trata-se de uma proposta multidisciplinar em que a
modelagem do sons amplia sua ação no meio físico e
alarga as possibilidades de mercado. Esta exposição
poderia ser muito bem um texto acadêmico de vulto, mas
nada melhor que a simplicidade dos objetos finais para
que o bom leitor e ouvinte tenha a noção do que estamos
trabalhando.
A Organia quer estimular os timbres novos. Não faz tanto
tempo observávamos que com a crescente oferta de
técnicas síntese e com o aumento no poder dos
processadores e das ferramentas de processamento de
sinais, os sintetizadores forjariam melhores timbres.
Agora acrescentamos a facilidade de interseção das
técnicas em formas de plugins e códigos modulares, a
computação em nuvem e o desejo em experimentar
ferramentas das áreas cognitivas e outras não-exatas
para controlar processos de síntese e transformação do
som que ouvimos. São ingredientes novos na alimentação
auditiva!
A Organia quer trabalhar o espaço físico. O som não é
mais estéreo, estamos na era multicanal a caminho da era
multiconteúdo, em que os objetos de áudio são mais
importantes que o número de canais que os levam. Tudo
começou a crescer com o advento do surround 5.1
(envolvente, em Português), que fez a indústria falar
uma língua só e popularizou o multicanal. Mas muito
ainda há de ser feito para a geração dos sons de cada
canal. Para início de conversa, o importante é o aspecto
de ser imerso no som, estar rodeado por ele. A cena
sonora é um dos produtos finais em vista, onde você vai
encontrar a bateria vindo da esquerda, o efeito do avião
vindo do alto, a orquestra da sua lateral, o som do
cachorro latindo ao fundo, e um solista tocando à sua
frente. Na hora da reprodução, a distribuição das caixas
pode variar de casa para casa, de local para local, do
número de caixas, então... Nao se pode simplesmente na
hora de produzir o CD ou o MP3 Surround ou o DVD
Surround fazer uma masterização fixa, prevendo que o
usário vai ter exatamente as caixas naqueles lugares...
Bem, o padrão 5.1 da ITU-R foi exatamente padronizado
para garantir isso. Aliás foi este passo um dos pontos
marcantes para a popularização industrial do padrão,
haja visto que havia uma linguagem padronizada e
reprodutível em escala global que seria adotada pelo
mercado.
As técnicas entretanto evoluem, e hoje podemos pensar em
ampliar a capacidade de o usuário final editar seu
próprio espaço sonoro, mudar a posição das fontes
sonoras que estão tocando no seu DVD, e isso pode ser
feito com níveis diferentes, dependendo de quanto se
deve ou se pode deixar ao consumidor o desafio de
decidir o que ouvir, e como ouvir, e como vai alterar o
propósito original do produtor ou do artista. Isso é
revolucionário! As chamadas tecnologias DRM (digital
right management) estão aí para aplacar muitas dores de
cabeças e abrir as frentes de novas aplicações legais de
mercado. Juntamente com as mais modernas técnicas de
codificação multicanal, que permitem condensar grande
número de dados, opções e reconfigurações de canais e do
espaço sonoro.
A Organia está trabalhando com isso, no fronte dos
sistemas de edição para produção fonográfica, nos
sistemas de registro e distribuição de novos formatos
compatíveis para estes serviços, e nas frentes dos
gadgets de consumo, para permitir ao ouvinte de música
uma reconfiguração do seu home-theater.
Do ponto de vista de engenharia, objetivamos o
desenvolvimento dos sistemas, IP's e módulos de software
e protótipos de hardware com parceiros interessados. Do
ponto de vista artístico e de mercado fonográfico,
estamos ansiosos para trabalhar com novos formatos para
registrar a experiência de uma banda ou de uma orquestra
tocando, e lidar com os aspectos complexos da arte de
gravação e direção artística para a nova música que se
afigura. O futuro só começou.
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